quarta-feira, 4 de março de 2009

TIMOR

Às vezes sentimos
Sem perceber
Estamos já a navegar
Um segredo
Ousamos tecer
Entre as ondas deste mar
Talvez um dia
Um leme guiará
A mão do vento
Sob o sol
A luz da lua seguiremos
Entre o breu
Nosso farol
O pulso do remo
Agita a corrente
Das palavras outrora ancoradas
A favor da rota Nascente
P’ra agora serem cantadas
Quebra-se o medo
Do fundo do ser
Solta-se a voz
Que a todos toca
Melodia de sorrisos
Barca de sonhos
Que aqui desemboca
Haverá chuva
p’rós arrozais
E espaço para brincar
Guardo a imagem dos corais
E o desejo
De regressar
Ganha-se a vida
Neste novo lar
Um choro sentido
Sob outro mar
Conhece-o apenas
quem lá deixou
Suspensas as lágrimas
E naufragou

















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