sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

NÚMERO UM

No silêncio da madrugada
O mar acordou
Corri na praia…
Entre as névoas e o sol
Procurei o seu regaço ali
P’ra sentir a história
Deste lugar
Era uma vez uma onda
No mar a sonhar
Procurar entrar
No jardim do outro mar
Rompeu névoas
densas e cinzas
E pintou de azul
O seu caminho
Seguiu viagem
Sob a luz deste
Intenso luar
Partilhou memórias
Com a flora
Do outro mar
Falou da magia
De um jogo
Do encanto da voz
De quem jogou
Uma imagem tão bonita
De se ver
Arrancou o riso
Do mais fundo
Que há no ser
Devorou um pensamento só
A palavra tão simples
De um olhar
Chocou nas rochas
Duma praia no meio do mar
Entrou decidida
No horizonte que
Ouviu chamar
Sentiu uma dor
intensa e fria
Um desejo de
Ao seu mar regressar
Voltou com a brisa
No fim da tarde
Sempre a lembrar
Que a vida instável
Tem aqui o seu lugar
Sentiu a força
Que arrepia e
Um desejo de ali
Só naufragar